segunda-feira, 4 de agosto de 2025

“Quero ser presidente de um partido vivo e comprometido com o povo”, diz Edinho Silva

 

Em discurso de posse no 17º Encontro Nacional do PT, novo presidente convoca militância à luta contra o autoritarismo e pela democracia popular


O 17º Encontro Nacional do PT, realizado em Brasília, marcou o início de um novo ciclo para o partido. Com discursos fortes, debates programáticos e chamadas à unidade, o evento confirmou o nome de Edinho Silva como novo presidente nacional da legenda. O ex-prefeito de Araraquara assume oficialmente o cargo na próxima segunda-feira (4) com a missão de fortalecer a organização de base, aprofundar o diálogo com a classe trabalhadora e renovar o compromisso do PT com a democracia e os direitos do povo brasileiro.

Edinho iniciou sua fala com firme posicionamento político: “nós estamos enfrentando o maior líder fascista do século 21, que é Donald Trump”. Reafirmou que reeleger Lula em 2026 é também “mais um passo que nós vamos dar para derrotarmos as forças do fascismo no nosso país”. Para ele, não há neutralidade possível nesse momento.

Partido forte e popular


Com 40 anos de militância no PT, Edinho destacou que “mandato não pode substituir instância partidária”. Defendeu a reorganização de núcleos de base como espaços de decisão e retomada da “disputa de consciência de classe”, pautada por educação popular. Chamou atenção para o afastamento da juventude e da nova classe trabalhadora, lembrando que o partido existe para ser instrumento dessa classe.

A organização popular deve também passar por práticas concretas. Edinho defendeu que a economia solidária se torne “o eixo central da organização do partido”. Chamou os sindicatos a criarem secretarias específicas e propôs que o cooperativismo organize os excluídos. E reforçou o pedido para que todas as administrações do PT adotem o orçamento participativo, um importante “instrumento de democracia direta”.

O novo presidente do PT ressaltou os avanços do governo Lula na reconstrução do país, mas defendeu que o partido “tenha a sua agenda”. Entre os eixos programáticos propostos estão: transição energética, reindustrialização com investimentos em ciência e tecnologia, e segurança pública baseada em direitos. A defesa da educação e da primeira infância também foi feita com ênfase: “O Brasil não será um país justo enquanto a educação integral não for universalizada”.

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