Estudo da FGV Ibre destaca que redução de imposto beneficia trabalhadores ao passo que é compensada por cobrança justa sobre altas rendas e dividendos internacionais
A proposta do governo de ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para rendimentos mensais de até R$ 5 mil, incluindo o desconto gradual até R$ 7 mil, foi avaliada como fiscalmente neutra e economicamente expansionista por economistas do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). A análise, tema da recente “Carta do Ibre”, indica que as perdas estimadas de arrecadação serão mais do que compensadas por novas fontes de receita e que a medida favorece a renda do trabalhador formal sem comprometer as contas públicas.
Segundo o estudo liderado por Manoel Pires e Bráulio Borges, a ampliação da faixa resultará numa redução da arrecadação de R$ 24,96 bilhões em 2026. Essa perda, no entanto, deve ser superada por receitas adicionais de R$ 22,05 bilhões provenientes do imposto mínimo sobre altas rendas e R$ 11,31 bilhões pela tributação de 10% na fonte sobre dividendos enviados ao exterior.
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